Friday, August 11, 2006

"ELES O FIZERAM...QUERIA SABER O MOTIVO"

Olá amigos essa semana cometi um crime...um crime as velhas comédias, aos filmes que não precisavam apelar pra ser engraçados, um crime a piada bem feita que com um simples olhar já nos fazia sorrir e gargalhar...agora pergunto...que motivo leva um ator a tentar copiar um gênio e sujar o nome de uma série tão maravilhosa quanto essa...

Estou falando de Steven Martin e seu pior filme "A Pantera Cor de Rosa", o que faz um ator com tantos filmes inesquecíveis como "Antes Só do que Mal Acompanhado" ou o genial "Um espírito baixou em mim" e "Cliente morto não paga" ou no bonito "O Pai da Noiva" e no divertido "Os Picaretas" e não esquecendo o dentista psicótico da "Pequena Lojas dos Horrores", o que fez ele levar pro cinema um remake da Pantera e tentar superar um dos mestres na arte de atuar, Peter Sellers...

O filme é horroso do começo ao final...acho que a única coisa que se salva é a abertura do filme com a nova roupagem do desenho da Pantera...o resto...pode jogar no lixo...as piadas são grotescas, o elenco que na maiora tem atores sérios demais como Kevin Kline e Jean Reno, não embala ninguém nem a maravilhosa Beyoncé é capaz de salvar o filme...

O Clouseau criado por Steve Martin não passa de uma caricatura da caricatura imaginada por Sellers. As piadas sobre o seu sotaque não têm a menor graça e servem apenas para mostrar a gigantesca diferença entre o inspetor original e este xerox borrado e sem cores.

O Clouseau de Sellers não era estúpido. Ele até poderia fazer coisas estúpidas, mas era incrivelmente inocente e apenas (bastante) atrapalhado. Já o personagem de Martin é patético, um reflexo do emburrecimento da comédia atual. Prova maior é o uso mais que batido da flatulência, elemento cômico que leva, no máximo, adolescentes ao riso.

Olha...se vc não assistiu no cinema....sorte...mas se vc quiser alugar, faça algo mais interessante...pq assistir a esse remake, digamos é dispensavél...não perca tempo...e assista aos filmes do Inspetor Clouseau de Sellers que são geniais...

E antes que eu esqueça, o que dizer, então, de A pantera cor de rosa , cuja série de erros culmina já no começo com o título em português, que não usa os hífens pedidos pela regra?

Abraços e até a próxima...rsrsrs

1 comment:

Cevallos said...

Oi Fernando,

Segui o teu link, lá na Comunidade Orkut "Vamos Falar de Cinema???" e gostaria de dizer que gostei muito das tuas críticas/comentários sobre os filmes. Eu também gosto muito de cinema & música e, de vez em quando, também escrevo alguma coisa.

Concordo plenamente com o teu comentário sobre o "remake" de "Pink Panther" e, embora não seja tão severo quanto a tua crítica, também senti que o filme cometia um grande pecado de "apropriação indébita". Transcrevo o meu comentário a seguir.

Um grande abraço e continue a nos brindar com teus comentários.

Cordialmente,
Cevallos.
= JTC/jtc =

* * * MEU COMENTÁRIO * * *
Filme: A Pantera Cor de Rosa (The Pink Panther)
(2006, Shawn Levy)

Com: Steve Martin (Inspector Clouseau), Kevin Kline (Dreyfus), Jean Reno (Ponton), Emily Mortimer (Nicole), Henry Czerny (Yuri), Kristin Chenoweth (Cherie), Roger Rees (Larocque), Beyoncé Knowles (Xania).

Embora tenha achado o filme muito bom e dado boas gargalhadas, pensei cá comigo: este é um exemplo de “remake” que não precisava ter sido feito. Talvez por nostalgia ou respeito ao querido Peter Sellers de “Muito Além do Jardim” (Being There, 1979), ou “Um Convidado Trapalhão” (The Party, 1968) e Dr. Fantástico...(Dr. Strangelove or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb, 1964). Sei lá, achei uma apropriação indevida do humor ingênuo do “inspecteur” Closeau (The Pink Panther, Blake Edwards, 1964). Acho o Steve Martin um sensacional humorista, mas vi o lançamento como uma mera versão oportunista, que não acrescenta nada ao velho personagem de Peter Sellers. Nesta versão de 2006, simplesmente interessa criar várias cenas hilariantes e costurá-las com um roteiro simplista. Provavelmente tenhamos mais algumas continuações, agora que descobriram um novo filão. Com estas ressalvas, a minha nota é 3,5 de 5. J.T. Cevallos, POA/RS – 04/03/2006.